CHRONOPOLIS
Metropolis
1927, Fritz Lang

Optámos por nos focar na forma como Lang criou a sua ficção: uma distopia industrial, que, embora nos pareça futurista, é baseada nos problemas da sociedade da época. Estes problemas são levados ao extremo para construírem um retrato de uma sociedade, que é projetado para um futuro longínquo.

A construção da cidade do Metropolis parte da questão da industrialização, e do modo como as máquinas, que são inicialmente desenvolvidas com a intenção de facilitar o homem nas suas tarefas do dia a dia, acabam por ganhar uma dimensão bastante grande na sociedade. Pode-se dizer que o seu domínio é visível, e que a sua presença passou a ocupar grande parte do tempo do ser humano.
A nossa ideia de adaptação passa por, também nós, construirmos uma civilização, em forma de cidade, que tenha por base a sociedade atual.

O problema que decidimos explorar foi a fraca gestão da atividade humana e a constante sensação de falta de tempo. Verifica-se uma individualização da decisão de controlo do tempo. Existe uma redução das horas de sono para corresponder às expectativas da sociedade: ser produtivo, rápido e ativo passou a ser a prioridade.

Queremos explorar possibilidades de enriquecimento da discussão desta temática. O objetivo é repensar a forma como utilizamos/ organizamos/ controlamos o nosso tempo. A nossa projeção traduz-se na procura de uma solução, que acaba por ser levada ao extremo, resultando numa nova visão da temporalidade.